Palavras ao mar...
Longe de tudo estava ela sentada na pedra à beira mar.
Lembra-se das ações passadas das quais não tinha orgulho algum, mas que foram necessárias para que pudesse olhar o mundo com seus próprios olhos.
Culpava-se por não ter sido o que gostaria de ser. Mas não queria ser somente por ser, mas sim, pelo ser.
Analizando o tempo de sua vida até aquele próprio momento em que estava sentada na pedra, concluiu que decisões baseadas em projeções futuras sempre gerarão dúvidas e conflitos. Um grande amor de sua vida uma vez, falou: "Águas passadas não movem moinho." Então o que ela viveu, viveu mesmo? Agora não mais importava, passado é passado.
Ali na pedra, refletindo ,indagando, se questionando, ela percebe então que não se deixa envolver. Nem pelas ondas do mar, que batem suaves e outrora violentas nas pedras, tão pouco em seus relacionamentos.
Sente-se sozinha no mundo, querendo se entregar, mas não sabendo como.
Mas se apenas observar as coisas, a natureza, o mar, sem pensar em nada nem em ninguém, a entrega chega...
Que tanto então está sendo egoísta em querer fazer as coisas apenas por si somente? Quanto situação criada em sua mente, que a atrapalha na entrega real dos prazeres e alegrias, diria até dos sofrimentos reais da vida? De Sua vida?
Pensa em dar um basta em tudo isso! No entanto sua mente fora treinada para questionar inclusive suas ações mais conscientes, seus pensamento mais inconscientes.
Ora, não existe verdade absoluta. Somente a verdade, várias verdades, verdadeiras por si só. Cada ser internamente, em algum momento da vida encontra as mesmas e faz jus a elas, até o ponto de encontrar a paz dentro si.
Pois então, não poderia ela ter como referência outra pessoa, se não ela mesma. Mas a questão é: cadê ela?
Simples, está onde sempre esteve, aguardando seu descobrimento, seu reconhecimento, seu momento. O momento em que surgirá, emergirá e crescerá, do seu oceano bem fundo, do seu infinito mais profundo...
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