domingo, 2 de outubro de 2011

Eis que chega a hora mais doída, doida.
O coração rasgado de uma dor que parece não ir embora.
Ele sangra de uma dor, uma dor que parece não querer ir embora.
Sangra lágrimas doces e salgadas, do passado e do presente. Sente dor do futuro, e não sabe viver alegremente.
Alguém o ensina, por favor. eu cansei de tentar...de esquecer. De tentar esquecer.
Acolho? Acolho. Acolho pra ir embora, sem demora, pra não voltar mais não.

A prece chega aos altos, ventando, soprando.
Ela leva meu recado. Que eu não sofra mais não. Pode parar...quero ver a luz da alegria de viver.
Quero acordar e dormir na paz. Pela vida, pela minha vida.

Isso aqui é um desabafo. Nem sei quem lerá, nem sei quem será. Isso aqui é um lamento. De uma mulher que vem se encontrando. No sertão, no deserto do seu peito. Peito de mulher, mulher de verdade, que aflora, um vulcão.
Para se encontrar é necessário se perder. Ainda estou perdida...num mar de lamento, do meu lamento. Por ser mulher. Por ser humana. Por ser divina e maravilhosa, e ainda não saber disso. Não ver isso.

Bota um espelho. Me bota um espelho bem na frente, na minha frente. Atrás também, pra analizar melhor. Quem sabe assim verei que sou perfeita e mereço ser feliz.

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